Exercer a cidadania
Além de jogarem a banana os espertinhos e
oportunistas começaram a nos chamar de macacos, nada contra a espécie que muito
se assemelha ao ser humano.
Gostei muito desta sua ideia professora de
jogarmos um livro nos estádios para que o povo leia mais, uma excelente forma de
protestarmos, inclusive, bem melhor do que
o vandalismo, como a queima de ônibus que só faz mal a própria população já
sofrida, pois, políticos, jogadores e dirigentes do futebol não andam de
transporte público. Queimar ônibus, destruir patrimônio alheio e público é
vandalismo ligado à política partidarista com interesses eleitorais, pois tende
a denigrir a imagem de um governo em ano eleitoral e não reivindicar mudanças
sociais. Sugiro que neste período que antecede a copa e durante a copa
nossas escolas não trabalhassem esse tema e sim desenvolvessem ações de valorização
da educação e dos profissionais da educação. Torcer pelo o brasil (time de
futebol e não a nação) não é civismo, não é patriotismo e sim incentivar o
consumismo, valorizar a imagem do jogador, e dar mais audiência aos meios de
comunicação que lucram milhões. Não que eu
seja contra a Copa do Mundo, muito pelo contrário, sou inteiramente favorável à
realização deste evento. A realização da Copa do Mundo, das Olimpíadas e tantos
outros eventos são importantes para o Brasil como nação. O que não podemos
aceitar que a imprensa sensacionalista faça do futebol a coisa mais importante
para os brasileiros. Também não podemos aceitar que todos os jargões
pronunciados pelos comentaristas de futebol seja uma verdade e caia no vocabulário
do povo como se estivesse escrito nos dicionários. Também não podemos aceitar
que políticos partidaristas de origens coronelistas, maus intencionados que
fizeram do cargo eletivo sua profissão e que vivem a custas do dinheiro público
usem um evento esportista para imbuir no povo como se a corrupção só existe e
existiu na construção dos estádios de futebol. Precisamos alertar o povo que a
corrupção não é um mal da copa e sim dos nossos políticos, que se corrompem duas
vezes uma ao receber dinheiro ilícito por facilitarem a roubalheira outra por
produzirem leis que beneficiam os grandes grupos econômicos como operadoras de
telefonia, operadoras de pedágio, operadoras de planos de saúde, monopólios
atacadistas e varejistas e tantos outros em detrimento da miséria dos brasileiros.
Leis que favorecem a exclusão social e em contra partida concentra a renda nas
mãos de uma pequena elite dominante que tudo faz para nos manter na base da
pirâmide social, que esbraveja ao governo que este deve para de dar emola ao povo
e sim dar trabalho. Não deixam de ter razão, pois o trabalho dignifica o
cidadão, porém o trabalho que querem dar é o da exploração da mão obra barata. Milhões
de trabalhadores doam suas vidas para o enriquecimento bilionário de poucos.
Precisamos urgentemente promover neste país a redistribuição de renda através
de salários dignos para o trabalhador. O Trabalhador deve ser valorizado pelo
trabalho que desempenha e não pela
formação acadêmica que possui. A formação acadêmica deve ser uma necessidade
cultural para o exercício da cidadania, assim não haverá mais necessidade de benefícios
sociais.
Como cidadão não podemos aceitar que um país como o Brasil que lidera a lista dos países que mais cobra impostos do trabalhador, sendo que, cada 100 reais gastos 53 ou mais são impostos que pagamos para o governo. Olhamos agora outra lista e veremos que o Brasil lidera de trás para frente como país que pior retorna os impostos em serviços públicos em beneficio a esta mesma população que tanto paga tributo. Então perguntamos a onde vai todo esse dinheiro? Para pagar altos salários de servidores da justiça que levam 20 anos para julgar uma ação! Para pagar salários de muitos políticos e servidores públicos que nada fazem.
Também sou favorável que cada brasileiro tenha sua filosofia política partidária, sua crença religiosa, seu time de futebol, sua opção sexual. O que não podemos é deixar de exercer nossa cidadania de nação e de brasileiro em detrimento destas opções, se assim for, entregaremos a nossa identidade cívica para que outros usem do jeito que bem entenderem.
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