Comentário do autor.
Quantos casos semelhantes a estes já aconteceram aqui no Brasil, perto de
nós. Imagine a dor da mãe vendo sua prole morrendo e ela de nada poder fazer,
pois lhe falta o que é de seu maior direito, o direito de alimentar-se ao menos
três vezes ao dia. Quantas vezes esta criança andou pelas ruas, presenciando nos
restaurantes pratos fartos de iguarias que custam absurdos. Muitas vezes, sendo
consumidos por pessoas que ocupavam e ocupam cargos públicos, recebendo valores
salarias exorbitantes com a obrigação de cuidar para que de nada falte a estas
crianças. É muito confortável sentar-se a cadeira do trabalho fazer de conta
que nada vejo, sem comprometimento, sem tomar parte da responsabilidade social
que se tem e simplesmente esperar o final de cada mês, receber o que me é de “direito”,
sem ter realmente minha função cumprida, não somente como um servidor, mas como
cidadão, temente a Deus e seus mandamentos. O maior dos mestres já pregava que “quem
precisa de médicos são os doentes, não quem está sã.” Infelizmente a cultura ocidental, países do
qual fomos colonizados e explorados prioriza o “ter” e não o “ser”. O ter de
nada adianta se não soubermos sermos pessoas capazes de usufruir com respeito os recursos
naturais, sem depreda-los. “Termos” sabedoria suficiente para compreendermos o
quanto é necessário “ter” para sermos felizes. Alexandre o Grande assim disse
em seu leito de morte aos seus generais, como seus três últimos desejos:
1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2 - que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros
conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...) e;
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão,
à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.
Alexandre
explicou:
1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para
mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.
Argentina: polêmica cerca morte de bebê
abandonado desnutrido
O julgamento de uma mulher vítima de pobreza extrema, acusada pelo
abandono e a morte de sua filha de 3 anos na província de Misiones, no nordeste
da Argentina, gerou polêmica no país perante um caso qualificado pela defesa da
acusada como a "criminalização da pobreza".
María Ovando,
de 37 anos, é acusada de "abandono de pessoa seguida de morte e agravada
pelo vínculo", já que a vítima era sua filha Carolina, a penúltima de 12
irmãos, que morreu em março de 2011.
A morte de
Carolina aconteceu quando sua mãe tentava levá-la a um centro de saúde
localizado a vários quilômetros de onde ela morava.
Após perceber
a morte da menina, a mulher decidiu enterrá-la por medo, segundo a defesa, que
é liderada pela advogada Roxana Rivas.
"Trata-se
de um caso de criminalização da pobreza, porque estão exigindo que uma pessoa
que tem apenas esses meios possa cobrir todas as necessidades básicas. María é
analfabeta. O Estado jamais a informou de que podia receber uma quantia mensal
como auxílio por ser mãe de sete filhos", declarou Roxana à emissora local
"FM Cultura".
Organismos
públicos e dirigentes políticos reuniram 20 mil assinaturas para solicitar a
absolvição de María, em um documento no qual figuram a Defensoria Geral da
Nação, associações judiciais e grupos que combatem a violência de gênero.
Deverá ser
divulgada nesta quarta-feira a decisão judicial do Tribunal Penal 1 de
Eldorado, cidade localizada a 200 quilômetros de Posadas, a capital da
província de Misiones.
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