É impressionante, todo ano o índice de
reajuste salarial do professor gera polêmica. Convenhamos, o índice previsto
para 2014, até pode ser alto, mas aplicado sobre um piso miserável como este de
R$1.567,00, cá entre nós, tão fazendo piada com o salário de fome do professor.
Para entendermos oque estou dizendo precisamos fazer um comparativo, leia
qualquer edital de concurso público, você verá que qualquer outro profissional
com a mesma formação do professor ganha o dobro e tem a carga horária de trabalho
bem menor que a do professor, sem falar que, conseguem usar da função pública
para fazer trabalho particular. Será que o professor consegue essa façanha?
Acredito que não! Sendo bem pelo contrário, o professor, estendendo a função
docente em casa, no final do dia e nos finais de semana.
O mais impressionante disto tudo, são os
vinte e sete governadores unidos contra o piso nacional do magistério. Querem
impedir o reajuste de 19% previsto para 2014. Para não sermos pessimistas vamos
rir, é uma baita piada, pois quem são eles contra a Lei! Há, estes mesmos
governadores, são aqueles que no início de cada ano anunciam reajustes
exorbitantes, como foi o caso do governador do Paraná, que reajustou em 150% o
salário dos seus cargos em comissão. Aqueles apadrinhamentos políticos, que vão
deste um secretário de estado até um cargo criado sem função, simplesmente para
receber o salário no final do mês, os chamados funcionários fantasmas, que
existem aos montes por aí.
PISO DE DOCENTES
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Com a previsão de um alto reajuste do
piso nacional dos professores da educação básica, os governadores se uniram
para sugerir uma nova fórmula de correção dos salários.
Cálculos preliminares do governo
federal apontam um aumento de 19% em 2014, mais do que o dobro do que os 7,97%
concedidos à categoria no início deste ano. Hoje, nenhum docente pode receber
menos do que R$ 1.567.
Documento assinado pelos 27
governadores foi entregue ao Executivo, na semana retrasada, com uma nova
sugestão de cálculo.
Segundo a Folha apurou,
se aplicado já no ano que vem, o índice seria reduzido a 7,7%.
Há ainda uma proposta defendida pela
CNTE, entidade que representa os trabalhadores da educação básica. Nesse caso,
ficaria em torno de 10%.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
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MESA E CONSENSO
A movimentação deu origem a uma mesa de
negociação, organizada pelo Ministério da Educação, para tratar do tema: o
objetivo é chegar a um consenso sobre uma nova fórmula de reajuste, a ser
aprovada pelo Congresso.
Para prefeitos e governadores, o modelo
atual é "imprevisível" e "insustentável".
Isso porque ele segue a variação do
gasto por aluno no Fundeb (fundo para a educação básica) --que depende do
volume de impostos a ele destinados-- e do número de alunos da rede pública do
ensino fundamental.
Neste ano, há expectativa do
crescimento da arrecadação, enquanto ocorre redução de alunos nessa etapa do
ensino. Resultado: previsão de reajuste forte em 2014.
PLANO NACIONAL
A sugestão dos governadores é reajustar
o piso com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo
IBGE) do ano anterior acrescido de 50% da variação real (descontada a inflação)
do fundo.
A proposta dos trabalhadores estabelece
o INPC mais 50% da variação nominal (sem descontar a inflação) do Fundeb. O
argumento é de que o piso dos professores --pouco mais do que o dobro do
salário mínimo-- ainda é muito baixo, o que contribui para o apagão dos
profissionais na sala de aula.
Além disso, no atual ritmo de reajuste, não seria possível cumprir meta
do PNE (plano que define metas para a educação em uma década), em discussão no
Congresso, que prevê equiparação do salário dos docentes com o de profissionais
de escolaridade semelhante num prazo de seis anos.