PARA REFLETIR

"E se nós percorrermos novamente todo o caminho, desde o início. Poderia tentar mudar as coisas que acabaram com nosso amor. Seu orgulho construiu uma barreira, tão forte que não consigo atravessar. E se não existe realmente uma chance para recomeçarmos, pois estou te amando." Scorpions - Still Loving You

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

VINTE E SETE x MILHARES

É impressionante, todo ano o índice de reajuste salarial do professor gera polêmica. Convenhamos, o índice previsto para 2014, até pode ser alto, mas aplicado sobre um piso miserável como este de R$1.567,00, cá entre nós, tão fazendo piada com o salário de fome do professor. Para entendermos oque estou dizendo precisamos fazer um comparativo, leia qualquer edital de concurso público, você verá que qualquer outro profissional com a mesma formação do professor ganha o dobro e tem a carga horária de trabalho bem menor que a do professor, sem falar que, conseguem usar da função pública para fazer trabalho particular. Será que o professor consegue essa façanha? Acredito que não! Sendo bem pelo contrário, o professor, estendendo a função docente  em casa, no final do dia e nos finais de semana. 

O mais impressionante disto tudo, são os vinte e sete governadores unidos contra o piso nacional do magistério. Querem impedir o reajuste de 19% previsto para 2014. Para não sermos pessimistas vamos rir, é uma baita piada, pois quem são eles contra a Lei! Há, estes mesmos governadores, são aqueles que no início de cada ano anunciam reajustes exorbitantes, como foi o caso do governador do Paraná, que reajustou em 150% o salário dos seus cargos em comissão. Aqueles apadrinhamentos políticos, que vão deste um secretário de estado até um cargo criado sem função, simplesmente para receber o salário no final do mês, os chamados funcionários fantasmas, que existem aos montes por aí. 


PISO DE DOCENTES
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
Com a previsão de um alto reajuste do piso nacional dos professores da educação básica, os governadores se uniram para sugerir uma nova fórmula de correção dos salários.
Cálculos preliminares do governo federal apontam um aumento de 19% em 2014, mais do que o dobro do que os 7,97% concedidos à categoria no início deste ano. Hoje, nenhum docente pode receber menos do que R$ 1.567.
Documento assinado pelos 27 governadores foi entregue ao Executivo, na semana retrasada, com uma nova sugestão de cálculo.
Segundo a Folha apurou, se aplicado já no ano que vem, o índice seria reduzido a 7,7%.
Há ainda uma proposta defendida pela CNTE, entidade que representa os trabalhadores da educação básica. Nesse caso, ficaria em torno de 10%.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

MESA E CONSENSO
A movimentação deu origem a uma mesa de negociação, organizada pelo Ministério da Educação, para tratar do tema: o objetivo é chegar a um consenso sobre uma nova fórmula de reajuste, a ser aprovada pelo Congresso.
Para prefeitos e governadores, o modelo atual é "imprevisível" e "insustentável".
Isso porque ele segue a variação do gasto por aluno no Fundeb (fundo para a educação básica) --que depende do volume de impostos a ele destinados-- e do número de alunos da rede pública do ensino fundamental.
Neste ano, há expectativa do crescimento da arrecadação, enquanto ocorre redução de alunos nessa etapa do ensino. Resultado: previsão de reajuste forte em 2014.
PLANO NACIONAL
A sugestão dos governadores é reajustar o piso com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE) do ano anterior acrescido de 50% da variação real (descontada a inflação) do fundo.
A proposta dos trabalhadores estabelece o INPC mais 50% da variação nominal (sem descontar a inflação) do Fundeb. O argumento é de que o piso dos professores --pouco mais do que o dobro do salário mínimo-- ainda é muito baixo, o que contribui para o apagão dos profissionais na sala de aula.
Além disso, no atual ritmo de reajuste, não seria possível cumprir meta do PNE (plano que define metas para a educação em uma década), em discussão no Congresso, que prevê equiparação do salário dos docentes com o de profissionais de escolaridade semelhante num prazo de seis anos.